Dia das Mães é uma data sazonal muito bem aproveitada por muitos fotógrafos profissionais, mas nem tanto por outros. Por ser uma importante data, porém não um grande evento, principalmente em termos de infraestrutura, como um casamento, por exemplo – a data parece ser algo em que não se deve dedicar tanta energia. Será mesmo?
O Dia das Mães, na verdade, é uma importante deixa para falarmos de uma tendência que tem tudo para emplacar em 2018: fotografia documental de família.
O que é fotografia documental de família?
Como supõe o nome, é uma forma de documento. E todo documento tem por sua premissa ser algo importante, que se guarda como cuidado e que, além de tudo, neste caso, diz sobre uma linhagem, uma história.
Aquilo que é documental tem um significado que transcende ao que encontra-se registrado. Podemos chamar a fotografia documental de família como uma árvore genealógica em imagens. Cada um em cena tem uma importância singular, um papel, uma nomenclatura.
A mãe e a fotografia documental de família
Em muitas famílias, a “chefe” simbólica – ou mesmo efetiva – é a mãe. Em famílias grandes, formadas por gerações distintas, essa figura pode vir a ser a avó. É a partir dessas grandes mulheres que a história da família pode ser contada. Prato cheio para fotógrafos? Sem dúvida.
Não só para ligar para o cliente e oferecer uma sessão de fotos com toda a família reunida, mas como uma temática que pode render outras tantas sessões e cheias de significados. Ligar e oferecer uma sessão documental tendo como ponto de partida a avó ou a bisa, sem dúvida soa de outra forma.
E aí as ideias para fotografar essa família pode vir da própria rotina da família. Por exemplo: e se em vez de uma família posando de forma clássica, fosse fotografada no almoço de domingo, à mesa, na sala, com as crianças serelepes brincando umas com as outras. O fotógrafo profissional neste caso atuaria como um narrador onisciente de um romance clássico: ele tudo vê, mas sua presença não é sentida.
O resultado de um registro feito dessa forma pode ser – e fatalmente será mesmo – o de imagens cheias de detalhes que dizem a verdade sobre aquela realidade. Os sorrisos são mais espontâneos; as cenas engraçadas, realmente engraçadas.
Esse tipo de fotografia tem como diferencial, matéria-prima, o detalhe, o detalhe que reflete o DNA da família. E a personagem principal, eixo familiar, é o ponto de partida e o de chegada dessa história que toda a família vai ter interesse em preservar, e vai valorizar como a mais preciosa herança.
Datas sazonais voltadas para a família são preciosas oportunidades de oferecer para seus clientes o seu serviço: o registro profissional que não é mera cobertura de um evento qualquer, mas um olhar interpretativo e poético de uma estrutura – que é a família – que é a base de todo ser humano. Afinal, fotografar é lidar com o ser humano, em suas principais emoções.
Para a fotografia documental de família verdadeiramente tocante, é preciso um olhar atento, demorado sobre os detalhes, um olhar quase investigativo. O compromisso desse fotógrafo será tentar compreender cada um em cena como um indispensável na constituição daquela família. E esse registro será entregue em um lindo álbum de fotos. Aliás, já conhece a nossa nova e linda Vitrine?
E daí, na diagramação do álbum, cada um será apresentado como ser único, porém parte do todo, sem nunca perder o foco da personagem mais importante, o arrimo família: a mãe, a avó; com sorte, a bisa.
O fotógrafo realmente dedicado à fotografia documental de família não sem exagero será o produtor do elo que pode vir até a selar para sempre aquela família, se ela nunca teve um álbum de fotos impresso.