A cada ano o mercado da fotografia profissional cresce mais. E cresce não apenas em volume de trabalhos, mas em maneiras de realizar esses trabalhos. Por exemplo, noivos que contrataram fotógrafos para o registro de seus casamentos no início dos anos 2000 jamais imaginariam que poucos anos depois haveria praticamente uma revolução, desde o estilo de fotografar à qualidade dos álbuns fotográficos. Imaginariam também o uso de drones em ensaios fotográficos? Jamais.
Herança do fotojornalismo, o novo jeito de “contar uma história” invadiu os eventos de família: dos casamentos, passando pela gestação, nascimento do bebê, finalizando com as bodas de prata ou ouro dos pais e avós. As fotos posadas cederam lugar para fotos descontraídas. A noiva que antes só se permitia ser fotografada impecável, hoje é registrada de bobes ou de “cara limpa” para o making-of do álbum. A própria ideia de making-of não existia.
Os álbuns fotográficos então são um assunto à parte. Das fotos avulsas colocadas em plásticos rígidos, agora são feitos em impressoras de alta definição. A imagem hoje é impressa diretamente no papel – que por sua vez varia em tipos, todos de imensa qualidade e beleza.
A mudança de paradigma não é necessariamente de tecnologia, mas de mercado. Esses livros luxuosos eram de uso exclusivo de editoras, ou de outros mercados fechados. A novidade é que a finalização e a “matéria-prima” que tornavam os trabalhos de Sebastião Salgado ou Robert Capa objetos de desejo agora estão disponíveis para o público consumidor para registro de eventos sociais – ainda que intermediado pelo fotógrafo.
Seja qual for o evento social, as novidades não param de pipocar para incrementá-lo. Toda essa introdução é para pontuar o surgimento de, talvez, uma nova era na fotografia: a era em que o fotógrafo não estará em cena.
Sim, significa o uso dos drones na fotografia social. No Brasil, estão registrados na Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, cerca de 30 mil drones, não necessariamente voltados para os assuntos de fotografia.
Os pequenos robôs, comandados por controle remoto, quando usados por fotógrafos profissionais carregam câmeras de alta definição, e são controlados por fotógrafos em terra.
Embora ainda seja uma tendência sem perspectiva de vingar. Afinal, o custo ainda é alto e há debates sobre a importância de o fotógrafo estar “dentro da cena” – considerando, neste ponto, a fotografia social como mediadora entre pessoas e, principalmente, construtora da memória dessas pessoas.
Bom, independentemente das discussões éticas e filosóficas, os drones já fazem parte do pacote oferecido aos clientes. Mas para qual tipo de cena o drone é indispensável? A entrada da noiva na igreja? A captura de todos os convidados do casamento? O leque é infinito de possibilidades.
Cuidados na hora de usar drones em ensaios fotográficos
Sim, é preciso muito cuidado e treinamento. Quem se tornou adepto da tendência, vem trabalhando em dupla. Enquanto um fica responsável pelo controle remoto, direcionando o drone para onde deseja fotografar, o outro fica controlando as próprias imagens capturadas.
A Anac criou regras para operar o pequeno robô. O regulamento distingue o uso de aeromodelos, que são para fins de lazer, e as chamadas aeronaves RPA, cuja finalidade é experimental, comercial ou institucional. Os dois tipos de drones devem ser operados apenas em áreas com, no mínimo, 30 metros horizontais de distância das pessoas que não fazem parte da equipe. Ou seja, os convidados dos eventos sociais.
Mesmo que haja bons profissionais no controle, é importante jamais usar o drone em ambientes fechados, porque “voam” muito baixo, além do ruído tirar a atenção dos convidados, o que fere a regra de o fotógrafo ser o mais invisível possível; e mesmo em ambientes abertos, é importante estar preparado para imprevistos e obstáculos como ventos fortes, fios de energia ou mesmo pássaros.
O número de crianças no evento também pode dificultar o uso de drones, pela naturalidade encantadora com a qual elas podem lidar com o robô voador, o que também pode atrapalhar o evento ou cerimônia. Sem falar, claro, no perigo durante a pilotagem.
Quanto custa usar drones em ensaios fotográficos
Não é barato. Por isso quem opta pela novidade tem maior poder aquisitivo. A diária pode variar de R$ 1.500 a R$ 7.000. Tamanha variação deve-se à qualidade da câmera escolhida e do próprio drone, além, claro, da região onde os voos vão acontecer. Há quem pague por até R$ 35 mil, por exigir a melhor câmera e melhor robô para registrar áreas especiais. Quem oferece o serviço normalmente já inclui as diárias do piloto e do assistente.
Um exemplo da possibilidade de captação de um drone é a fotografia ganhadora do 1º Prêmio Dronestagram, a primeira rede social dedicada ao estilo, que apresentamos no próximo tópico. O drone captou uma águia sobrevoando o Parque Nacional de Bali Ocidental. O fotógrafo está registrado na rede social como Capungaero.
Para acompanhar a tendência do uso de drones na fotografia
Fotógrafos entusiasmados com a tendência – profissionais e amadores – já acompanham perfis no Instagram como o Daily Overview ou fazem parte de redes sociais dedicadas apenas ao tema. A Dronestagram é a primeira rede social dedicada à fotografia feita via drones. As fotografias exibidas na rede são mais voltadas para o nicho artístico – de natureza e paisagens, principalmente. Mas, sem dúvida, serve de inspiração para o seu uso de drones nos ensaios fotográficos.
O Dronestagram existe já há quatro anos. Hoje, em fase de reestruturação para crescer ainda mais, visa novas versões para desktop e mobile. Em breve, os fotógrafos usuários também poderão vender suas fotografias pela rede social.
Ainda que a opção de uso de drones em seus ensaios fotográficos esteja fora de questão, é importante acompanhar as tendências da fotografia para 2018 e ficar por dentro das imagens mais impactantes que circulam, principalmente pelas redes sociais.
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