Com a fotografia 360 graus, a sensação é de estar mesmo dentro da cena!
Engana-se, porém, quem pensa que a “novidade” é mesmo uma novidade. A fotografia 360 graus existe há muitas décadas, precisamente desde 1957.
O Blog da Digipix Pro vai apresentar uma série de artigos sobre as principais tendências para 2018!
História!
Sim, foi depois de 131 anos desde o nascimento da fotografia que surgiu a primeira câmara para fotos 360 graus.
Seu inventor, curiosamente, foi um brasileiro: Sebastião Carvalho Leme. A técnica usada por Leme foi a de tirar dez negativos, depois ampliá-los e montá-los para formar uma única imagem. Logo depois Leme se sentiu inspirado a criar uma máquina que capturasse a imagem já em 360 graus.
Contudo, essa “novidade” ressurgiu em 2017 e popularizou-se principalmente no Facebook depois que a rede de Zuckerberg lançou um aplicativo que, para ter a “experiência” 360 graus, o usuário precisa se mover.
No que se refere à fotografia profissional, a tendência promete ganhar lugar no coração das pessoas que neste ano realizarão eventos sociais de grande importância como casamentos.
Mas o que vem a ser a fotografia 360 graus?
Também chamado de tour virtual, é aquela foto que apresenta mais profundidade, assim como mais amplitude. É possível, por meio de uma imagem em 360 graus, ver quase todo o local fotografado. Nas redes sociais, essas fotos caem muito bem em cenários paradisíacos.
Trazendo a inovação para o mercado da fotografia, como é possível adotar a fotografia 360 graus no seu segmento? Como torná-la um diferencial e quem sabe até abrir um novo mercado para sua empresa de fotografia?
Antes, contudo, vamos explicar alguns detalhes!
Qual é a diferença entre fotografia 360 e fotografia panorâmica?
Os graus. Na fotografia 360, a “volta” é completa. Na fotografia panorâmica, também conhecida como 180 graus, é apenas “meia volta”.
Sendo assim, a fotografia 360 é uma “evolução” da foto panorâmica. A fundamental diferença é que as duas pontas se encaixam. Se dá para colocar uma imagem 360 graus em um álbum panorâmico? Sim! Falaremos mais a frente sobre como ficará.
A foto 360° é mais difícil de fazer do que a panorâmica porque é preciso uma câmera especial ou mais dedicação na captação e montagem. Ou seja, é possível fazer uma foto 360 a partir da panorâmica, mas é preciso alguns cuidados, paciência e dedicação na pós-produção.
Mas o ganho é apenas estético?
Não, o negócio pode ir muito além. Olha só!
Qual mercado se interessa pela fotografia 360 graus?
Todos os mercados que precisam divulgar produtos grandes e amplos são potenciais interessados na fotografia 360 graus. Exemplo?
- Construtoras, que precisam vender para imobiliárias;
- Imobiliárias, que precisam vender para pessoas comuns;
- Hotéis, sem dúvida alguma, porque precisam mostrar as acomodações de maneira atraente;
- Sítios para eventos;
- Restaurantes;
- Bares e baladas;
- Clínicas de todas as especialidades;
- Clubes;
- Escritórios para locação;
- Ou mesmo para a foto que fará parte do institucional.
A lista é imensa!
Aproveitando outra tendência sobre a qual falaremos logo – a fotografia corporativa – a fotografia 360 pode vir a ser um significativo diferencial.
Como assim?
Pois é! Você nunca pensou em entrar em contatos com empresas e oferecer pacotes de fotos para usarem na estratégia de marketing nas redes sociais? A foto 360° pode ser um diferencial dentro de outra tendência que é a fotografia corporativa. Voltaremos, porém, ao assunto em outro post.
Como fazer fotografia 360 graus?
Talvez, ter uma câmera especial só para o estilo não seja o mais viável. Seja como for, entre as que indicaríamos estão a Ricoh THETA S e a Samsung Gear 360.
Agora, se você não tem como adquirir essas câmeras e ainda assim não quer ficar de fora da tendência, há maneias de produzir uma imagem 360.
Para começar, você precisa de uma câmera, a que você tem mesmo, e um monopé – de preferência com uma bolha de nível, porque ajudará a nivelar a câmera. Por que monopé e não tripé? Porque andar por aí com tripé é mais complicado. Mas só por isso. Caso não seja um empecilho, pode ser um tripé.
Na hora de clicar, uma vez que a câmera está nivelada, é só tirar fotos a cada 90 graus. Isso, claro, se você estiver usando uma lente esférica (olho de peixe), porque ela já captura 180 graus a cada clique.
Seguindo dessa forma, é preciso apenas quatro fotos para compor uma imagem 360 graus.
Quatro?
Se cada foto captura 180 graus não seriam apenas duas fotos? Sim, seriam. Mas para que as pontas sejam unidas com mais uniformidade, melhor fazer quatro fotos.
Uma dica: faça também uma foto com a câmera apontada para cima e outra foto com a câmera apontada para baixo. Neste caso, são seis fotografias.
Importante dizer que no caso de a imagem contemplar também o céu e o chão, ela passa a ter outro nome: photo sphere. Mas isso é só o um detalhe. Voltemos!
Dá para fazer fotografia 360 com lente tradicional?
Sim, dá. Vale as mesmas dicas e um pouco mais de paciência para montar depois. Mas isso é pressuposto básico para quem busca o máximo da perfeição na hora de fotografar.
Importante avisar que a fotografia 360 graus, se não for vista por aplicativos que permitem o “tour”, ela se apresentará no formato equiretangular. O que significa?
É como se uma esfera fosse “aberta” e assim se tornasse plana. Para publicar no Facebook, é preciso esse formato equiretangular: 360 graus na horizontal e 180 graus na vertical. Da mesma forma, se decidir colocar uma imagem 360 em um álbum impresso, é assim que ficará.
O segredo é a prática!
Antes de ter certeza se deve ou não aderir à tendência, pratique um pouco! Você só vai saber se vai se dar bem com a novidade se tentar. Abrir-se para o novo é sempre bom, para qualquer tipo de empreendedor, e não é diferente para quem mantém um negócio de fotografia.
Continue acompanhando a nossa série de artigos sobre as principais tendências de fotografia para 2018. Já leu o primeiro post sobre o uso de drones em ensaios fotográficos?
Ah, e se você tiver alguma dúvida, pode escrever para comercial@digipix.com.br!
Até a próxima!
Gostei muito do artigo. Acho que pode ser complementado com informes de app para tratamento das imagens, como fica em caso de montar sequências, tratamento e reconstrução em caso de erro no alinhamento, em caso de projeção se existe cuidados com o tipo de projetor e sua lente.
Até a próxima.